Comentário da 12ªJornada por Miguel Reis

Cinco equipas bem, lançadas para subir de divisão

 
Antes de mais, gostaria de congratular os diversos agentes desportivos que aderiram ao meu pedido de ajuda no sentido de auxiliarem nesta demanda dos comentários da segunda divisão. Com jogos à mesma hora, torna-se humanamente impossível estar presente na grande maioria deles. Por isso, agradeço a disponibilidade dos agentes em transmitirem o que se passou nos recintos onde não pude estar.

Quanto ao campeonato, a primeira volta termina já no próximo fim-de-semana, mas este trouxe alguns resultados surpreendentes.
Na sexta-feira, a Casa do F.C. Porto Rio Tinto recebeu no seu reduto o primeiro da geral, o Oliveira do Douro.
Num jogo que julgava ser fácil para as duriense, tornou-se algo complicado de vencer. Apesar do Rio Tinto estar em último lugar, vendeu bem cara a derrota, de tal forma que perde pela margem mínima. Numa primeira parte dominada pelo Oliveira do Douro foi inevitável o primeiro golo, no entanto o Rio Tinto não se deixou abalar por estar a defrontar o líder e a espaços foi conquistando terreno na quadra.
Esse domínio foi algo consentido pelas forasteiras durante a segunda metade, fruto de algumas baixas e alguma limitação das jogadoras do Oliveira do Douro.
No final, Jaime Cabral não estava satisfeito com o resultado, mas sim com a atitude da equipa, segundo nos confessou, “foi um jogo equilibrado, eles dominaram na primeira parte, mas na segunda fomos superiores. Apesar de ter a noção de que a minha equipa ainda está em formação, sei que estamos no caminho certo e as exibições têm melhorado jogo após jogo, e é por isso que neste caso, justificava-se o empate”, retorquiu.
Já da parte do Oliveira do Douro, Ivo Soares, concorda com o seu homologo e justifica a dificuldade da vitória, “de fato dominamos a primeira metade onde conseguimos fazer um golo, mas condicionados com algumas lesões e jogadoras limitadas fisicamente, entregamos o jogo ao adversário na segunda metade e tentamos gerir o resultado. Saliento também o crescimento do Rio Tinto, que efetivamente tem melhorado jogo após jogo.”

Outro dos jogos agendados para este dia opunha as pacenses do Citânia frente ao Paraíso da Foz.

Mas tal como aconteceu em tantos outros encontros, também este teve de ser adiado devido às condições atmosféricas.
Já o sábado estava guardado para a surpresa, ou não, da jornada. A primeira derrota do Marco 09 na presente temporada. Bem organizada defensivamente, o Póvoa deslocou-se a Amarante com a intenção de fazer “mossa” e conquistar pontos preciosos.

E assim foi, apesar de uma primeira parte muito equilibrada refletida no resultado nulo ao intervalo. Para a segunda metade estavam reservadas as emoções. Logo no início, as poveiras inauguram o marcador fruto de um mau alívio e de muita sorte à mistura. Um lance caricato, mas eficaz que deu o primeiro para as forasteiras. As meninas de Emanuel Moreira partiram à procura do prejuízo, mas faltava discernimento na hora de finalizar. E isso saiu caro para a equipa da casa.
Com a velha máxima de “quem não marca, sofre”, numa transição rápida, as poveiras chegam ao segundo golo do jogo, após um bom remate, onde a guardiã do Marco se opõem bem, mas a bola embate numa colega e entra fazendo um autogolo. À procura de minimizar os estragos, o Marco tentou tudo, mas até ao final do jogo não foi capaz de reverter a situação. Emanuel Moreira era o rosto da desilusão mais pela forma como sofreu os golos, do que pela derrota propriamente dita, “A derrota por si só já é penosa para qualquer desportista, mas sair derrotado de um jogo da forma como aconteceu é deveras de difícil digestão. Há que dar os parabéns ao Póvoa pela vitória, mesmo que tenha sido de forma tão caricata na obtenção dos golos”, afirmou o técnico do Marco 09.
Quanto às declarações do técnico poveiro, não foi possível o contato. Fica para a próxima.

Também no sábado, o Jornada Mágica recebia em sua casa a formação do Penamaior. Duas equipas sedentas de pontos entraram na quadra com um único sentido, o da vitória.
Apesar do Penamaior ter maior iniciativa de jogo, o Jornada apostava no contra ataque. E foi num desses lances que as meninas do mister António inauguram o marcador, pondo alguma injustiça no encontro. O Penamaior até ao final do encontro tentou a todo custo igualar a partida, mas a falta de pontaria aliada à ansiedade, levou a erros que inviabilizaram a marcha do marcador. No final, ambos os técnicos afirmaram que o Penamaior foi superior, mas a sorte do jogo coube ao Jornada Mágica.
António, técnico do Jornada Mágica afirmou, “foi uma vitória difícil. Tenho a consciência de que tivemos a sorte do jogo, mas isso também faz parte”.
Já Daniela Silva estava desanimada por tudo o que se tinha passado no jogo, “foi um jogo de um sentido só. Atacamos o jogo todo, mas as continuamos com algumas deficiências atacantes, principalmente na finalização, onde somos muito perdulárias”.

 
O último jogo da jornada estava agendado para domingo e o Amarante recebia a formação do Rio Ave num jogo que opunha duas formações que têm aspirações a subir de divisão. Este jogo serviu para apresentar o novo treinador da A.D.A, Bruno Pinto, o qual já tinha treinado grande parte das atletas.
O encontro iniciou praticamente com um golo do Rio Ave, sendo esta equipa mais forte durante praticamente toda a primeira parte, tirando a parte final onde a A.D.A conseguiu criar mais perigo na baliza adversária.
O jogo foi para o intervalo com as forasteiras a vencer por duas bolas a zero. Na segunda parte apesar do Amarante conseguir mais ocasiões de golo, foi o Rio Ave que marcou por duas vezes. Quase no fim do jogo o Amarante conseguiu marcar um golo, colocando o resultado em 1-4. Foi um jogo intenso, bem disputado pelas duas equipas, o que mostra o bom nível dos intervenientes.
Na próxima semana acreditamos já ter os comentários dos técnicos das duas equipas, pois até ao fecho da edição, não foi possível o contato.

Resta-me apenas referir a competitividade e a “dança” das equipas que alternam posições todas as semanas. O fato mais relevante foi a derrota do Marco 09, que assim deixa de ser a única equipa sem derrotas.
Também de salientar o equilíbrio constante e a imprevisibilidade dos resultados jornada a jornada, fato que leva a um campeonato bastante interessante.
Quanto a prognósticos sobre quem poderá subir, ainda é muito cedo para fazer analise, apesar de cinco equipas estarem bem colocadas para alcançar esse objetivo.
É tudo por hoje. Vemo-nos para a semana.

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